miércoles, 27 de junio de 2012

La construcción escolar de la infancia: Pedagogía, raza y moral en colombia.

La Construcción Escolar de La infancia: Pedagogia, Raza y Moral en Colombia, siglos XVI-XX.  (Oscar Saldarriaga e  Javier Sáenz-História da Infância na América Latina)

Por Karina Lira- VMB
Objetivos da aprendizagem:
Que bonito poder olhar para a nossa história e aprender com ela. Obrigada querido[a]s companheiro[a]s virtuais pelo compartilhar destas ricas reflexões que tivemos até aqui.
Perguntas Geradoras:
Considerando a menção do trecho do artigo citado abaixo que é uma aspiração:
“Desta vez as crianças eram concebidas como “seres ativos” e as escola como um “laboratório da democracia” para a formulação de novos cidadãos laicos e democráticos”.
ü Em que medida ainda temos hoje “resquícios” das “antigas” matrizes que concebem a infância? 
ü E como essas influências (desalojamento cultural-educacional, fragmentação e etc...) interferem na promoção, proteção e defesa dos direitos na infância?

Resumo:
I.A infância hoje é concebida como objeto de conhecimento, como categoria conceitual, e como forma e experiência subjetiva. Dispõe também de tratados e manuais pedagógicos adequados ao seu processo de desenvolvimento psicobiológico, práticas e exames que consideram as suas diversas dimensões na escola.
Observar esta construção social da infância faz parecer como progresso natural da humanidade, no entanto não foi assim, as crianças foram naturalmente vistas por muito tempo como “cachorros da espécie humana”.
Neste estudo os autores buscam resgatar o processo de escolarização colonial experimentada em populações latino-americanas(especialmente na Colômbia), desde as escolas evangelizadoras do século XVI até a institucionalização das ciências sociais no meio do século XX.

II.O primeiro catecismo para as crianças indígenas colombianas aconteceu em Cartagena(1574) que trazia uma cartilha de ensinamento para leitura e sobre a doutrina cristã. Já em 1687 os jesuítas fundaram as “escolas pias” que funcionavam como hospícios para filhos de brancos pobres.
Em 1767 estas escolas vieram a converter-se em “escolas públicas das primeiras letras”, da qual já era vista como um espaço de “utilidade pública” e com um método pedagógico de ensinamento. Nelas não eram admitidas crianças que tivessem o “sangue da terra”, e sim os varões brancos ricos, pobres ou plebeus, marcados pela separação na distribuição das bancas.
As escolas públicas nascem com o projeto de coletar crianças das ruas, para prepará-las para o ofício do trabalho e no temor a Deus. Essas escolas passaram por modelos educativos diversos:
-O Sistema Lancasteriano: com uma tecnologia de repressão/vigilância como parte de um regime de retribuição, insertada numa mecânica de repetição para formar hábitos.
-O Sistema de Ensinamento Simultâneo: conhecida como a reforma pestalozziana baseada na educação dos sentidos que valoriza o cuidado com o corpo, o exercício físico, a higiene, a gramática, a lógica e a matemática.
-O Modelo da Escola Ativa: conhecida como revolução coperniana da pedagogia moderna, que pretendia partir do reconhecimento, estudo, observação e interesse da criança.

III. As primeiras décadas do século passado foram marcadas pela Teoria Degenerativa da Raça Colombiana onde havia um estigma de anormalidade e degeneração da população pobre do país.
Através da “nova psicologia científica” havia o entendimento de que a infância seria a etapa mais importante da vida em termos de desenvolvimento e por sua vez a mais frágil em termos físicos, morais e mentais. Portanto a escola sendo um espaço que detinha a população pobre, era o espaço para detecção e regeneração dos degenerados.
A população colombiana dentro desta visão era considerada “primitiva” que não tinha (como uma criança) uma personalidade claramente definida. Daí as escolas buscavam converter o menor de idade primitiva e degenerada numa criança moderna e civilizada capaz de ser tornar um adulto que contribuirá com o progresso.
Dentro desta visão a adolescência era concebida como uma etapa de superação da infância- um “semi-civilizado”, no entanto ainda assim apresentava perigo devido a sua capacidade de ser violento perante as autoridades e pela aparição da sexualidade. Por isso mesmo os médicos foram os primeiros a pedir reforma nas instituições educativas porque percebiam adolescentes com debilidade física, moral e mental, aqui não mais como pecador, mas como um enfermo/degenerado! Surge então a “Casa dos menores e Escolas do Trabalho” para menores delinquentes.
IV. Em 1933 se introduziu no país um outro grupo de saberes que abriu uma nova dimensão da infância, a Social e Cultural que se sobrepunha a dimensão biológica/psicológica/médica que dominava até então. Um novo debate político conseguiu refutar a teoria da degeneração da raça e mirou o problema do povo desde as perspectivas culturais, sociais e políticos.
“Desta vez as crianças eram concebidas como “seres ativos” e as escola como um “laboratório da democracia” para a formulação de novos cidadãos laicos e democráticos”.

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